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Frutificando Alegremente



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Rede Alegrias é um nome convidativo. Foi a partir da empatia pelo nome da Rede que mergulhei no Curso de Capacitação em Economia Local, Moedas Sociais e Finanças Solidárias. A pandemia trouxe a possibilidade de nos reunirmos em salas a partir de cidades diferentes. Recebi a divulgação do curso através da Muda Outras Economias. Eu sabia que estava em boas mãos.


No primeiro dia de aula, tive a surpresa imensa de saber que a Mónica Calderón, amiga querida da Colômbia, é uma das fundadoras da Rede Alegrias e nos convida para esse ofertório de aprendizagens com moedas complementares, ferramenta indispensável para comunidades prósperas que celebrem o encontro e ativem o apoio mútuo de sua gente.


Foram muitas aulas e uma das coisas mais marcantes que ouvi nas diversas falas dos facilitadores foi a importância do envolvimento entre a comunidade e a transparência. Outra abordagem marcante das pessoas que decidem estudar as novas economias é se imbuir da proatividade para realizar as ações necessárias no entorno. Além disso, há diversas metodologias que ajudam a estruturar as práticas que nos levam a afirmar novos paradigmas: a Fluxonomia 4D, o Dragon Dreaming, o Canva Reconomy, entre outras.


Todo o repertório trazido durante os encontros enfatizaram uma perspectiva de vida baseada em valores, visão de mundo e entrelaçamento com a ideia de que somos natureza. Na economia do cuidado as relações estão no cerne da troca, porque economia significa cuidar da casa e para as muitas dimensões deste termo nos vemos diante de nós mesmo em nosso corpo, no espaço protegido de nossas casas com os nossos entes e na imensidão do globo terrestre com os nossos hermanos.


No entanto, a história que experimentamos até aqui nos oferece um presente ainda contraditório, com pessoas sem lar ou dignidade. É aqui que aguçamos a percepção de que é preciso virarmos uma chave. Uma árvore saudável dá frutos em abundância. Assim é o princípio da vida. Precisamos nos envolver com um novo modo de estar sobre o planeta. O que realmente queremos cultivar e afirmar como cultura?


Eu sou cantora, compositora e poeta em constante aprendizado. A minha maior busca é por ser consciente. Uma pergunta que sempre ecoa em mim é: o que estou fazendo aqui na Terra? Libertando pássaros enquanto canto. E para alinhavar as músicas que faço com os livros que escrevo, criei o Frutífera, um podcast para imaginar fruturos na direção da Transição planetária, Mudança de hábitos e Bem Viver. Uma das grandes inspirações para essa criação foi a Agenda 2030, o Reconomy, o Lab Corpo Palavra e a Eslipa. Criar o meu podcast trouxe outros trabalhos que também se conectam com a Transição: o Divã, de Vanessa Moutinho, e o Decopulagem, de Aline Bernardi.


Costumo dizer que o futuro não é um tempo, mas sim o lugar que vislumbramos habitar. A minha esperança é que possamos nos conectar verdadeiramente com o coração da Terra e nos dar as mãos. Ou seja, conectar pensar, sentir e querer. Lá na frente encontraremos o futuro agraciado com a nossa capacidade generosa de maternar o amanhã.


Texto escrito pra Rede Alegrias em janeiro de 2022.

 
 
 

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