Passei o mês à s voltas com o material do meu novo livro: revisão, prefácio, orelha, posfácio, fotos, capa e colofão. É um livro de poemas de amor, construções e memórias, andaimes e alicerces. É curioso o ato de ser o mar: remexer e transbordar, desaguar e banhar o horizonte, abraçar os continentes e fluir descomedida com a lua. Sim. Agora posso dizer que sou mulher.
"Ao ler os versos de [Entre colchetes] a memória me trouxe o canto do "mistério da necessidade" de Ericson Pires (1971-2012): "aquele que escreve é / também aquele que / é escrito". No mesmo instante em que reescreve seu amor em versos, a poeta é escrita pelos próprios escritos, revelando-se a si própria como parte da Unidade: "E não sou eu a contar o tempo no calendário que carrega os dias. / O tempo é que me conta no inevitável acontecimento do viver". (Ramon Nunes Mello)
Em breve o livro sairá pela Editora Patuá.